Eles..

Já não tenho com que me revoltar. E sinceramente a forte revolta vem da mágoa, e neste momento a mágoa, perco-a para o inconsciente. A mágoa não melhora nada, e a revolta não os faz abrir os olhos.
Irrita-me miudinho, tudo que eles fazem. Mas eles são, precisamente, eles. E o que me conforta a alma é que mal ou bem se arrependem, e esse arrependimento, transformado em mágoa, os faz olhar para trás e dizer: 'Fodasse. Em que é que estava a pensar. Pudera.'
E depois? Depois aplica-se a lambada: ' Chorando se foi, quem um dia só me fez chorar. A recordação vai estar com ele aonde for. Chorando estará ao lembrar de um amor que um dia não soube cuidar.' Chatinho.
Mas apesar de me reconfortar nesta vaga ideia, enerva-me profundamente não conseguirem dizer que não, Eles têm um problema profundo com a palavra fim. E esperam que continuemos para todo o sempre ali, no mesmo sitio onde nos deixaram estagnadas no tempo, à espera. Deles óbvio.
Hoje tenho esta ideia que me revolta de forma suave. E achei por bem partilhá-la.

Raios partam, a parvalheira geral masculina.